Encontro solidário anti-extrativista: "Somos a natureza a defender-se."
Coreto da Avenida Central de Braga – Avenida Central, Braga
(Friday, 26 May 14:00)
Somos a natureza a defender-se. Respondemos assim, ao apelo para ações descentralizadas convocado pelo “Minas não”. Convidamos pessoas e/ou coletivos a contactarem-nos para poderem integrar o programa em Braga, no Coreto da Avenida Central.
Estamos à espera das vossas propostas. Podes propor: poemas, concertos, conversas, teatro, filmes ou bancas (com livros ou zines) ou o que queira a tua imaginação!
Hoje em dia, nas grandes cidades, nos nossos carros a gasolina, eletricificados, ou a hidrogénio apenas nos deparamos com mais engarrafamentos no caminho para o trabalho e transportes públicos de baixa qualidade caros e complexos.
A nova economia “verde” não traz soluções, tem por base os novos megaprojectos de mineração de lítio e de produção de energias “renováveis” centralizadas – sendo estes projetos para beneficio e especulação das multinacionais mafiosas e os seus monopólios, incentivados por fundos públicos, em que a união europeia propõe declarar os nossos territórios como “zonas de sacrificio” acelerando assim, a sexta extinção em massa, o aquecimento global e a destruição das montanhas, rios e oceanos para salvar o capitalismo.
Estes projetos levam-nos a crer na necessidade de terraplanar florestas, de tornar a terra estéril e de contaminar recursos hídricos, sendo as consequências destas imposições a morte dos rios e montanhas, a monocultura, os incêndios, a seca, a insegurança alimentar, os despejos, a pobreza e a fome. Não nos contentamos com o estilo de vida consumista e capitalista de auto-destruição.
Queremos também demonstrar a nossa solidariedade com as estudantes que estão a ocupar escolas e universidades contra a economia extrativista dos combustíveis fósseis, criando espaços de partilha de ideias para pensar e desenhar um futuro alternativo e livre de extrativismo.
Queremos construir uma sociedade justa, assente em ideias e práticas trans-feministas inclusivas e interseccionais, ecologistas e comunitárias. Junta-te a nós e vem tecer redes de solidariedade e procurar ideias comuns.
Propomos a ideia do decrescimento como um ponto de partida para este encontro. O decrescimento é a proposta de consumir e produzir menos e de partilhar mais momentos de cultura, lazer ou arte, de criar redes de apoio mútuo, cantinas populares, pensar em termos de agro-ecologia e o disfrutar de passeios de bicicleta.
A nossa organização autónoma nos bairros das cidades e nas aldeias permite-nos criar alternativas de poder popular de resistência e de regeneração para cuidar dos nossos territórios e comunidades contra a ameaça do colapso da vida na terra.
Este é o momento para solidarizar as várias lutas em defesa da biodiversidade em todos os territórios.